quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

Será que um desigrejado é um crente folgado?

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Apesar de tantas perseguições, divisões e muitas heresias, a igreja de Cristo continua viva e forte em nossos dias. A verdade é que milhões de pessoas estão se convertendo a Cristo anualmente em todo o mundo. A igreja cresce como nunca, principalmente em ambientes hostis e inesperados. É impressionante! É o maior crescimento geográfico e numérico da história da fé. Todavia, as lutas externas e internas dessa mesma igreja são inúmeras. Dentre os diversos problemas que a afligem as comunidades cristãs, principalmente no mundo ocidental, destaca-se a onda do “cristianismo sem igreja”, ou dos “desigrejados”. 

Um desigrejado é um crente confesso que desistiu da igreja e geralmente questiona sua legitimidade em função de experiências difíceis e traumáticas. Será que um desigrejado está certo ou errado? Seria um crítico coerente? Ou apenas um crente folgado?

Apesar das muitas críticas acertadas contra muitas práticas das igrejas, não se pode explicar esse fenômeno sem considerar a postura nada neotestamentária da vasta maioria dos desigrejados de hoje. Na verdade, algumas das tendências da sociedade atual têm contribuído para a elaboração de um “cristianismo diferente”, um cristianismo de massa, despersonalizado e essencialmente individualista. Vamos analisar algumas das características desse desequilíbrio:

Rejeição da cruz. Há uma certa tendência de estabelecer uma oposição absoluta entre a pessoa de Deus e o sofrimento. Hoje quase todo sofrimento e sacrifício pessoal é rejeitado por muita gente que se diz cristã. Em grande parte do mundo evangélico existe uma “busca frenética de felicidade imediata”, encaminhada por uma espiritualidade mística. Como dizem alguns de modo equivocado: “Quem tem Jesus não sofre mais”. Por essa razão, muitos fogem da igreja, pois querem evitar desconfortos e problemas.



Espiritualidade individualista. Grande parte da espiritualidade de hoje é voltada para experiências individuais e emocionais. Para muitos, a intensidade da experiência espiritual individual prova que a ação de Deus foi mais poderosa. É quase um narcisismo místico. Atitudes virtuosas como “perdoar o outro”, “aumentar o salário baixo da empregada”, “ser um cidadão politicamente responsável”, não são vistos como marcas de boa espiritualidade; por outro lado, “sentir arrepios na coluna”, “ter muita paz no coração”, “gritar no louvor e desmaiar de tanto poder” tornaram-se sinais de grande espiritualidade. Essa visão egocêntrica vê o irmão em Cristo como alguém que pode “atrapalhar” a dita “espiritualidade profunda”, pois, Deus só é encontrado na individualidade e na experiência sensorial intensa.

Rejeição de autoridade. Há muita gente que não quer fazer parte da igreja, por não aceitar submeter-se a nenhuma autoridade. É o grito da independência indevida. Muitas são as pessoas que não querem prestar contas da vida a ninguém. Só procuram alguém que aceite sua maneira de pensar e de viver. Não se submetem nem a textos explícitos das Escrituras. São pessoas muito críticas, mas que deixam de criticar a si mesmas. Sentem-se donas da verdade, sendo escravas de seus próprios interesses pessoais. Migram de uma igreja para outra o tempo todo, e, acabam não ficando em lugar nenhum.

Consumismo da Fé. Muitos hoje enxergam a igreja, e o próprio evangelho, como uma mercadoria a ser consumida. Não têm compromisso e procuram igrejas como um cliente. Em alguns casos, há aqueles que costumam frequentar diversas igrejas. Numa comunidade eles “consomem” a boa mensagem do culto. Em outra “compram” o louvor mais “animado”, e ainda numa terceira “desfrutam” da escola bíblica para adquirir mais informações. Esses consumidores da fé são pessoas que não se veem como servos que devem doar-se para o Reino. Querem apenas ser agradadas e até mesmo mimadas. Não enxergam o conceito bíblico de corpo, de coletividade; não conseguem ver que a obra de Deus é sustentada pelo esforço de todos.

O Novo Testamento afirma a necessidade inequívoca da igreja local, expressão concreta da igreja universal. A única esperança para o mundo é a igreja, segundo o ensino bíblico. O corpo de Cristo é o único meio pelo qual Cristo age no mundo, como bem enfatizava Bonhoeffer. A epístola aos Efésios e as cartas pastorais são textos que falam muito sobre a igreja e devem ser estudadas com muita atenção. Os escritos neotestamentários enfatizam a igreja enquanto reunião dos salvos em Cristo. Juntos adoram a Deus, estudam sua Palavra, edificam-se, proclamam a salvação, desenvolvem seus dons e manifestam o amor ao próximo. Além disso, são todos chamados para a missão a fazer discípulos de todas as nações (Mt 28.19-20).

Segundo a Bíblia, o cristão sem igreja é um herege. Desigrejado pode ser até pior do que um crente folgado. A oração cristã por excelência é o “Pai Nosso” e não o “Pai Meu”. Não há lugar para o narcisismo individualista no Reino. O próprio Jesus enfatizou a importância do grupo e da comunidade (Mt 18.19-20) quando afirmou que está presente entre “dois ou três reunidos em seu nome”. Como é possível perdoar o outro se me isolo? Como posso desenvolver o meu dom espiritual se vivo sozinho? Como realizar a missão sem a comunidade da fé? Como crescer espiritualmente sem fazer parte de uma igreja? Cristão sem igreja não faz o mínimo sentido! É um contrassenso.

A verdade é que por trás de uma crítica feroz contra a Igreja em muitos casos escondem-se: a avareza, a arrogância, o ódio, a insubmissão, a falta de perdão, o comodismo, a frieza espiritual e até mesmo algum pecado oculto. É triste dizer, mas, é verdade: muitas vezes, o desigrejado é um crente folgado.

” … Não deixemos de reunir-nos como igreja, segundo o costume de alguns, mas procuremos encorajar-nos uns aos outros, ainda mais quando vocês vêem que se aproxima o Dia.” [Hebreus 10.25 (NVI)].

Autor: Professor Luiz Sayão


Da Redação
Fonte: IBNU

quarta-feira, 1 de agosto de 2018

Jornalismo pobre ou intencional?


Há anos o jornalismo deixou de cumprir sua missão profícua como o quarto poder. Seus valores e sua importância sempre foram reconhecidos pela sociedade. Lamentavelmente, estamos acompanhando – com raras exceções -, um jornalismo feito por militantes partidários oriundos das universidades tomadas pelas doutrinas marxistas.

A função básica do bom jornalismo é o de informar, com critérios, com fundamentações, buscando as verdades dos fatos e, principalmente, levando ao conhecimento da população os fatos de interesse social, político e econômico, mesmo sabendo que em alguns setores da Comunicação a imparcialidade tenha passado longe para dá lugar às questões lucrativas e ideológicas.

O histórico programa “Roda Viva”, da TV Cultura, uma voz sempre ouvida pelos brasileiros, que apreciam o bom jornalismo, de há algum vem sendo alvo de críticas fundamentadas na postura de seus condutores e entrevistadores, que, na maioria das vezes, são integrantes de meios de comunicação com viés ideológicos e deixam de prestar um bom serviço para ratificar posições que defendam seus pontos de vista. E, assim, vão deixando de esclarecer a quem vai para frente da televisão em busca de dados importantes extraídos dos entrevistados.

A desconfiança do público em relação ao “Roda Viva” foi ratificada na última segunda-feira (30/07), quando da entrevista do candidato Jair Bolsonaro. A audiência do programa bateu todas as demais de canais de tevê abertos do País com 75%, recorde de acessos nas redes sociais e nenhuma novidade veia a público do candidato, pois os entrevistadores se ativeram apenas a acusar o candidato. Até parecia que o programa foi feito apenas para tirar votos do candidato e não para esclarecer ao público - uma das funções do ético jornalismo.

O povo brasileiro não está mais interessado no que aconteceu em 1964, na guerra do Araguaia, se os militares fizeram isso ou aquilo. Estamos interessados em saber o que o candidato tem a falar sobre temas relevantes para tirar o País desse caos. Esperava-se ele apresentando algo convincente em áreas como educação, saúde, segurança, salários; sua luta contra corrupção, quais seus programas para manter o homem no campo, a desburocratização de setores públicos, seus objetivos quanto à economia do País.  E nada disso ou quase nada foi “provocado” pelos distintos jornalistas. O programa foi como se alguém saísse de casa para assistir ao jogo de time de seu coração e quando chegou ao estádio, não teve jogo e nem uma explicação plausível.

Os entrevistadores de qualquer programa têm que ser como o árbitro de futebol, que apita sem aparecer mais que os jogadores. É o que estamos vendo em muitos programas jornalísticos no Brasil. E o que é pior: Tem muitos companheiros que vão para uma bancada despreparados e sem conhecimento do que acontece no País, ou, pelos menos ao seu redor. E acabam perdendo preciosos espaços com perguntas inócuas, que já foram feitas em todas demais entrevistas das quais o candidato já participou.

Acredito que alguns “profissionais” não estejam compreendendo o que a maioria dos brasileiros já entendeu: Que não há, pelo menos, o mínimo de jornalismo imparcial, pois tem-se visto jornalistas atuarem como torcidas organizadas. E isso vem desmoralizando profissionais e a própria Imprensa.

Aí fica a pergunta: É mesmo pobreza no nosso jornalismo ou é de fato uma ação intencional dos que o fazem?

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O autor é jornalista e pastor evangélico

quinta-feira, 5 de julho de 2018

Qual a função de uma igreja?

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Muitas pessoas discriminam uma igreja evangélica que tenha sido implantada próxima de sua residência ou até a pessoas que procuram uma comunidade cristã para encontrar uma resposta real para a sua existência.

Contudo, nada melhor do que o esclarecimento a essas pessoas que veem outros humanos indo à uma igreja de forma distorcida. O primeiro passo é responder a pergunta: Qual a importância de uma igreja evangélica? A resposta está baseada nas ações que são realizadas dentro de uma visão bíblica que beneficiam a cidade e o próprio cidadão. São eles:

1. A igreja é implantada para pregação do evangelho, defender a fé cristã e levar o homem à mudança de vida social pelos preceitos da Palavra de Deus (Judas 3; Mateus 28:19-20; Romanos 12:1-2);


2. A igreja é implantada objetivando, ainda, levar as pessoas a conhecerem os rumos de sua vida, sobretudo no que se refere à eternidade após a morte física – conforme está determinado pela Palavra de Deus (1 Tessalonicenses 4:13-18);

3. A igreja é implantada pensando na instrução da Palavra de Deus, conforme explícito em 2 Timóteo 3:16-17 (“A Palavra de Deus é útil para ensinar, corrigir, repreender e educar em justiça, para que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente preparado para toda boa”);

4. A igreja é implantada para levar alegria, paz, esperança ao coração de tantas pessoas, que vivem praticamente alijadas da vida social de sua cidade (Mateus 11:28-30; João 16:33);

5. A igreja é implantada para ser porta-voz de Deus aqui na terra através da evangelização, ação social, da comunhão e do “repartir” com os mais necessitados (Atos 2:42-47);

6. A igreja é implantada para ser um lugar de inclusão social, respaldada pela Palavra de Deus, tendo como base princípios, como: Amor, humildade, compreensão, justiça, compaixão sem esquecer de os Dez Mandamentos.

7. Além disso, uma igreja seriamente implantada na cidade promove outros benefícios à administração pública, pois haverá menos drogados, menos casos de prostituição, menos viciados em fumo, bebidas e remédio; menos casos de depressão, menos casos de assassinatos. Desta forma, o custo social de quem está numa igreja ou procurando viver conforme à Palavra de Deus é ZERO para cofres públicos do Município.

Portanto, a população precisa conhecer esses detalhes e apoiar mais as igrejas que vivem de forma séria, cumprindo seus objetivos, conforme está determinada pela Palavra de Deus.

Jorn. Gomes Silva
Pastor da CEPEAPB em Alagoa Grande/PB

quinta-feira, 8 de março de 2018

Você conhece a rua dos evangélicos?

quinta-feira, 19 de outubro de 2017

O Sexo no Princípio


Quando ouvem as palavras “sexo” e “Bíblia” na mesma frase, muitas pessoas levantam suas barreiras mentais, não querendo ouvir um sermão com propósito de estragar os prazeres da vida. A tendência é ver a Bíblia como um livro ultrapassado, e procurar uma perspectiva mais moderna sobre esse aspecto fundamental da vida. Antes de resistir à ótica bíblica sobre o sexo, faríamos bem em avaliar honestamente o que esse livro diz sobre o assunto. Essa avaliação, porém, pode exigir esclarecimento sobre algumas atitudes distorcidas.

Discussões sobre o sexo e a moralidade tendem a se polarizar em dois extremos que, da perspectiva bíblica, são igualmente errados. Vamos considerar esses dois erros:

(1) Alguns tratam o sexo como intrinsicamente sujo, um mal necessário. Contrariando toda a evidência bíblica, alguns religiosos até sugerem que o sexo foi o pecado original cometido por Adão e Eva! Outros tratam o sexo como algo que Deus deu exclusivamente para o propósito de procriação, e tratam de maneira negativa qualquer prazer sexual. Alguns falsos mestres até ensinam que marido e mulher devem se abster do sexo. Infelizmente, não precisam ir longe para achar algum apoio para essa ideia no contexto religioso, pois milhões de pessoas defendem a noção que Maria teria negado ter relações com seu próprio marido, mesmo depois do nascimento de Jesus (que não é o que a Bíblia diz em Mateus 1:24-25). Todas essas ideias vêm de homens, e não da Bíblia! Depois de séculos de ensinamentos desse tipo, não nos surpreende observar que até muitos pais cristãos têm vergonha de ensinar seus próprios filhos sobre o assunto, deixando jovens à mercê de colegas, representantes do governo (professores, profissionais de saúde etc.) e a internet. O sexo, corretamente entendido e mantido no contexto determinado por Deus, é bom e puro.

(2) Outros consideram o sexo um mero processo biológico, sem maior significado. Embora nem sempre expressado em palavras claras, esse pensamento permeia a sociedade atual. Alguns pais incentivam seus filhos a buscar experiências sexuais. Filmes e novelas tratam o sexo como uma atividade para entretenimento, uma diversão ou conquista sem compromisso e sem sentido. A pornografia que se espalha pela internet alimenta essas ideias. Especialmente para pessoas que negam a existência de Deus e atribuem a existência humana a um processo natural de evolução, o sexo entre seres humanos se torna praticamente igual ao acasalamento de animais. Essa tendência é frequentemente manifestada quando pessoas procuram justificar diversos comportamentos sexuais porque encontram comportamentos paralelos entre animais. Assim, podem dizer que a poligamia é “natural” porque cachorros não se limitam a um parceiro, ou homossexualismo é “natural” porque alguns elefantes, besouros-da-farinha ou outros animais são homoafetivos. Não quero nem pensar nas implicações desse tipo de lógica quando as mesmas pessoas estudam espécies de polvos, aranhas e insetos entre os quais as fêmeas matam os machos depois do acasalamento! O sexo humano, da ótica saudável bíblica, não é baseado em comportamentos observados no Reino Animal.

A abordagem equilibrada desse assunto, da perspectiva bíblica, começa no dia em que Deus criou o primeiro casal. O relato bíblico da Criação diz: “Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. E Deus os abençoou e lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a...” (Gênesis 1:27-28). No mesmo contexto, encontramos as instruções divinas e a descrição do relacionamento desse casal no primeiro casamento: "Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne. Ora, um e outro, o homem e sua mulher, estavam nus e não se envergonhavam” (Gênesis 2:24-25). Precisamos observar um fato extremamente importante aqui: Esses versículos descrevem a vontade de Deus para o casal que ele criou antes do primeiro pecado, que é registrado em Gênesis 3. Deus deu o sexo para os seres humanos logo que criou o primeiro casal. Esse relacionamento, por si só, não tem nada a ver com o pecado!

O sexo no contexto estabelecido por Deus, como um relacionamento especial entre marido e mulher, é bom, decente e puro. O problema não está no que Deus criou, mas na maneira como os seres humanos têm profanado e banalizado o presente consagrado que o Senhor nos deu. Vamos lutar para resgatar a pureza do sexo, para que possamos apreciar sua beleza e usufruir dos seus benefícios em nossos casamentos.

-por Dennis Allan

terça-feira, 22 de agosto de 2017

O cristão e a música mundana

Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai. Fp 4:8

Recentemente, participei de um evento que refletia sobre o que é e a importância da cosmovisão cristã, ou seja, da visão de mundo sob a ótica do Cristianismo. Foram dias fenomenais! Cada palestra mais instigante e edificante do que a outra, e assim se transcorreu a semana.

Entretanto, no último dia, todos os participantes se reuniram para uma espécie de confraternização em um local que eu, na minha ingenuidade, achei que seria apenas uma lanchonete. Ao chegar ao local, percebi que era um barzinho com música ao vivo. Como havia algumas pessoas que estavam de carona comigo, resolvi sentar, comer e então ir embora.

Não obstante o incômodo que o local trazia, pensei que estar junto com os irmãos faria com que o ambiente ficasse mais agradável, afinal, ali estavam pessoas altamente qualificadas e que haviam se comprometido em mudar o mundo, levando os princípios e valores de Cristo!

De repente, o cantor começa a cantar uma música da banda Paralamas do Sucesso. Nessa hora, a maioria esmagadora da mesa (havia cerca de 50 pessoas) começou a cantar, bater palmas e dançar, em sincronia, de um lado para o outro em seus lugares. Olhos fechados, rostos sorridentes e a sintonia das palmas em consonância com a malfadada música era a fotografia do momento.

Irmãos, nesse momento tive vontade de chorar! Meus olhos se encheram de lágrimas. Meu coração ficou apertado. Comecei a falar com Deus dizendo: “Senhor, são essas pessoas que vão mudar o mundo? Eles se esqueceram de que ser amigo do mundo é ser inimigo de Deus?” Continuei falando com o Senhor: “Será que todos aqui estão certos e eu é que estou errado?” Então o Senhor trouxe ao meu coração, instantaneamente, a Sua Palavra: “(…) Adúlteros e adúlteras, não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus.” Tg 4:4

Após esse evento, pude perceber que o liberalismo e a máxima do “tem nada a ver” têm infectado a Igreja e o povo de Deus. É comum se utilizar a declaração de que a Bíblia não nos proíbe nada, sob a perspectiva de que tudo me é lícito, e que imputar proibições seria, na verdade, uma prática legalista. Veja, essa é, na verdade, uma declaração falaciosa. Legalismo, na verdade, é utilizar a Palavra de Deus para pecar. Legalismo é isolar um versículo da Bíblia, e porque este diz, dentro de um contexto, que todas as coisas me são lícitas, mas nem todas me convêm (1 Co 6:12), esquecer todo o restante da Bíblia. O verdadeiro legalismo é utilizar as Escrituras como meio de justificação para a prática do pecado!

Entrando mais a fundo no cerne desse artigo, têm surgido, de forma reiterada, notícia pós-notícia de que cantores do mundo gospel estão entoando músicas seculares, ou até mesmo frequentando shows da mesma espécie. Desde Kleber Lucas, Thales Roberto, Perlla, Priscila Alcântara e agora o vocalista do Oficina G3, Mauro Henrique, as notícias não param de surgir.

O pior é que essa gente tem arrastado um caminhão de incautos. São líderes sem compromisso verdadeiro com Deus, amantes mais dos seus prazeres do que da presença do Altíssimo. Estamos vivendo tempos em que o diabo tem entrado nas Igrejas, tomando a adoração para si; tempos em que não há mais adoração, e sim desejos, pecados, lucros exacerbados e autopromoção.

Daria para escrever um artigo sobre cada um desses “crentes” citados acima, mas quero me ater apenas à justificava do último deles, Mauro Henrique. Ao ser questionado sobre o fato de ter cantado Beatles em determinado show, a sua resposta foi a seguinte: “Essas oportunidades fazem com que as pessoas que têm algum preconceito da religião percebam que não somos bitolados. Tenho uma relação boa com vários artistas seculares. Música para mim, é música1.” E aí está o motivo pelo qual a simbiose de cantores evangélicos com o mundanismo tem se tornado cada vez mais frequente.

O cerne da questão, como sempre, está no coração. A música, de fato, é algo bastante envolvente, e o fato de músicos que se intitulam cristãos sucumbirem à música mundana ocorre porque estes amam mais a música do que a Deus. Para eles, a música dá tanto prazer que, embora não glorifique a Deus, as suas carnes não conseguem resistir. São pouco, ou quase nada, conhecedores da Palavra de Deus, sempre utilizando a máxima “não julgueis” ou “Deus é que é o juiz”, ou ainda “não seja legalista” para justificarem suas práticas cheias de satisfação egocêntrica e mundana. Hipócritas! Não têm qualquer temor ou reverência a Deus.

Falsos cristãos, amantes de si mesmos, amigos do mundo e dos prazeres do mundo! Eles escarnecem do evangelho e do nome do Senhor Jesus, gerando escândalos e profanando o nome Santo do Senhor, dando mal testemunho e impedindo que o pecador caído se aproxime de Deus! Como a Palavra do Senhor assegura, serão responsabilizados: “E disse aos discípulos: É impossível que não venham escândalos, mas ai daquele por quem vierem! Melhor lhe fora que lhe pusessem ao pescoço uma mó de atafona, e fosse lançado ao mar, do que fazer tropeçar um destes pequenos.” Lc 17:1-2.

Deus, segundo a Sua Santa Palavra, procura adoradores em Espírito e em verdade. Aqueles, porém, têm profanado o altar de Deus. Deus não habita em meio ao pecado e a Justiça de Deus não tardará em se cumprir.

Há quanto tempo você não vê um aleijado levantar de uma cadeira de rodas? Há quanto tempo você não vê um cego retomar a visão? Há quanto tempo você não vê um portador de AIDS ser curado? Se é que você viu um dia. Ora, Deus mudou? Decerto que não. Deus continua o mesmo. A verdade é que o povo de Deus, ao contrário do que havia na Igreja primitiva (E em toda alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos. At 2:43), não há mais temor ao Senhor. Pessoas têm “saído” do mundo com seus vícios e desejos e não permitem que Deus as liberte. Então começam a subir nos púlpitos para cantar, mas com o coração na MPB, no funk e no pop rock. Não se engane, Jesus disse que onde estiver o seu coração, ali estará o seu tesouro.

A Palavra do Senhor nos garante que Deus não relativizou Sua Santidade. O que ocorreu é que Aquele que é Santo, Jesus Cristo, pagou o preço por todos que lhe têm como Senhor e Salvador. E nestes, habita o Espírito Santo de Deus. Ser templo de Deus significa ouvir a voz do Senhor e permitir que Ele nos transforme. Todavia, aqueles que não têm qualquer convencimento de seus pecados assim o estão por não ouvirem mais a voz do Senhor. Suas consciências estão cauterizadas e, como mortos, já não sentem a dor e a culpa pela prática do pecado. A ira de Deus continua existindo, e tem aumentado a cada dia, até que o cálice da ira de Deus transbordará!

Se você se diz crente em Jesus Cristo e não teve sua mente transformada, libertando-o de seus velhos prazeres, práticas e condutas, sinto lhe dizer que você precisa de conversão. Você pode até ainda não conseguir vencer suas lutas contra o pecado, mas o que não pode acontecer, de maneira nenhuma, é você conviver com o pecado achando que em Jesus você pode fazer o que quiser sem qualquer consequência. É a podridão do pecado não te incomodar mais. É você estar com sua mente cauterizada e dormente. É o mundanismo ser tratado como normal e o santo passar a se misturar com o profano.

O Apóstolo Paulo nos diz que, em Cristo temos nossa mente renovada: “E não vos conformeis com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus”. Rm 12:2. Este termo (renovação) no grego é metanoia, ou seja, completa transformação da mente em Cristo Jesus. Mas atente ao início do versículo: “E não vos conformeis com este mundo”. Conformar com este mundo é tomar a forma do mundo! Faça um exercício voltando ao exemplo no início desse artigo, e reflita: ao ver aquela cena, você diria que se tratava de pessoas do mundo ou crentes em Jesus?

Ainda com relação à declaração do vocalista do Oficina G3, se ser bitolado é odiar o pecado e o modelo desse mundo, então eu sou sim bitolado, e graças a Deus por isso!

A Bíblia diz: “Apartai-vos de toda aparência do mal”. 1 Ts 5:22. Ora, só a aparência do mal já é algo pecaminoso!

Queridos, a música tem em si uma característica de adoração. Ela penetra no coração! O que tem entrado no seu coração? Você tem guardado seu coração a Deus? Se você ainda tem necessidade de viver as coisas outrora vividas, precisa permitir que Jesus o liberte completamente. Clame a ele e odeie o pecado!

Igreja, clamo com o mais profundo da minha alma: não relativize as verdades de Deus. Não perca tempo com o mundo, nem entregue seu coração àquilo que quer ocupar o lugar do Senhor! A sua comunhão com Deus e a sua eternidade são valiosas demais para serem arriscadas com algo que fará você se parecer com o mundo e com aqueles que escarnecem ao Senhor Jesus!

Apenas a título de exemplo, um dos maiores compositores de música clássica do séc. XIX, Richard Wagner, era satanista declarado, e muitos cristãos o ouvem, sem saber, até os dias de hoje. Cuidado com o que você ouve e adora! Não arrisque. Você tem muito a perder…

Por fim, não conheço um herói da fé que tenha tido profunda intimidade com Deus e tenha perdido tempo com a adoração e o padrão deste mundo!

Que nosso Senhor Jesus te abençoe grandemente e lhe discernimento espiritual para que você não seja enganado por este mundo caído.

Grande Abraço,

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Hélio Roberto

Casado com Hellen Sousa e pai da princesa Acsa Sousa. Servidor Público Federal, graduado em Teologia e em Gestão Pública. Diácono e Líder do Ministério de Acolhimento da Igreja Batista Cristã de Brasília. Contato para ministração e estudos bíblicos: helior.ssousa@gmail.com

segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Claro que existem pastoras! Entretanto sem base bíblica para tal fato

Renato VargensPastor da Igreja Cristã da Aliança - Niterói(RJ)

Na minha perspectiva a ordenação de mulheres ao pastorado é uma significativa distorção teológica. Lamentavelmente tenho visto nos últimos anos inúmeras igrejas consagrando mulheres ao ministério pastoral. Isto posto, gostaria de forma prática e objetiva elencar 07 motivos porque não creio em mulheres pastoras:

1- As Escrituras não referendam a ordenação de mulheres ao ministério pastoral. Não vejo na Bíblia nenhum texto que apoie a ordenação feminina ao presbiterato.

2- Jesus não chamou apóstolas entre os doze. Todos os apóstolos escolhidos por Jesus eram homens.

3- As Escrituras não defendem o Igualitarismo e sim o complementarismo.

Igualitaristas: Esta corrente, afirma que Deus originalmente criou o homem e a mulher iguais; e que o domínio masculino sobre as mulheres foi parte do castigo divino por causa da queda, com conseqüentes reflexos sócios-culturais. Segundo os igualitaristas mediante o advento de Cristo, essa punição e reflexos foram removidos; proporcionando conseqüentemente a restauração ao plano original de Deus quanto à posição da mulher na igreja. Portanto, agora, as mulheres têm direito iguais aos dos homens de ocupar cargos de oficialato da Igreja. Além dos igualitaristas, encontramos os complementaristas , que por sua vez entendem que desde a criação – e portanto, antes da queda – Deus estabeleceu papéis distintos para o homem e a mulher, visto que ambos são peculiarmente diferentes. A diferença entre eles é complementar. Ou seja, o homem e a mulher, com suas características e funções distintas se completam. A diferença de funções não implica em diferença de valor ou em inferioridade de um em relação ao outro, e as conseqüentes diferenças sócios-culturais nem sempre refletem a visão bíblica da funcionalidade distinta de cada um. O homem foi feito cabeça da mulher – esse princípio implica em diferente papel funcional do homem, que é o de liderar.

4- Paulo não fala de presbíteras, bispas, muito menos pastoras. As referências a essas vocações nas Escrituras sempre estão relacionadas aos homens. Não é preciso muito esforço para perceber que não existiam pastoras nas igrejas do Novo Testamento.

5- Os reformadores e os pais da Igreja nunca defenderam o ministério pastoral feminino.

6- Os apóstolos determinaram que os pastores deveriam ser marido de uma só mulher e que deveriam governar bem a casa deles – obviamente eles tinham em mente homens cristãos (1Tm 3.2,12; Tt 1.6).

7- A mulher não possui autoridade sobre o marido.( I Tm 2:12 ) Ora, se ela é pastora e o seu marido não, ela fere o principio de autoridade da Bíblia, tornando-se lider do marido.

Prezado leitor, quando afirmo que mulheres não podem ser pastoras o faço na perspectiva de governo. O governo da igreja juntamente com os oficiais que a regem são eminentemente masculinos. Na Bíblia você nao vê nem tampouco encontra mulheres que governam a igreja. Todas as recomendações Paulinas quanto a presbíteros são para homens. Todavia, o fato das mulheres não governarem a igreja, não impede com que preguem ou ensinem a palavra de Deus, entenderam? O governo da igreja é masculino e não feminino. As mulheres podem servir a Deus, contudo, governar é uma prerrogativa masculina.
Pense nisso!

NOTA DA REDAÇÃO
Se a separação da mulher e sua consagração para o ministério pastoral não é bíblico, fica uma pergunta: Quem autorizou a consagração da mulher ao ministério pastoral feminino?

Se Deus criou o homem e a mulher com suas funções específicas, por que algumas mulheres insistem em ser o que Deus não autorizou?

Se o ministério pastoral feminino não está registrado nas páginas na Bíblia, principalmente no Novo Testamento e muito menos foi citado por Jesus Cristo e seus seguidores, sobretudo pelo apóstolo Paulo, qual a intenção das mulheres em serem pastoras e porque a permissão dos ministérios?

Se não está na Bíblia qual o castigo para quem quebra os princípios da Palavra Inspirada pelo Espírito Santo?

Se existe essa forçada de barra na Palavra de Deus, contrariando o Espírito Santo de Deus, podemos enquadrar as pastoras e aqueles que as consagraram (principalmente) no texto de Mateus 7:22-23?
  • Muitos me dirão naquele dia: 'Senhor, Senhor, não profetizamos em teu nome? Em teu nome não expulsamos demônios e não realizamos muitos milagres? Então eu lhes direi claramente: Nunca os conheci. Afastem-se de mim vocês que praticam o mal!

Alguém vai ser responsabilizado pelo Senhor.


Pr. Gomes Silva


Foto: http://istoe.com.br/325432_A+FORCA+DAS+PASTORAS/